Autor

Marta Belchior

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A qualidade da água distribuída pela rede pública tem, em Portugal, qualidade comprovada, classificada como “excelente” e como 99% segura pela Entidade Reguladora dos Serviços de Águas e Resíduos. Contudo, as ameaças ambientais crescentes a este recurso, como a poluição ou a escassez, fazem o setor procurar mecanismos que antecipem respostas técnicas para, no futuro, ser possível continuar a garantir aos consumidores a segurança da água que lhes é fornecida.

Foi neste contexto que a INDAQUA reforçou, no último ano, o seu investimento no “WaterQuality”, um projeto criado em 2019 para desenvolver um modelo de base tecnológica destinado a tornar mais eficaz e eficiente a monitorização da qualidade da água. A metodologia inovadora integra um complexo e completo conjunto de dados recolhidos ao longo das redes de abastecimento, permitindo detetar e localizar muito rapidamente zonas afetadas por eventuais focos de contaminação.

A constante análise destes dados permite ainda identificar, de forma mais visível e imediata, potenciais situações anómalas no decorrer do habitual serviço de abastecimento. Desta forma, torna-se possível atuar de forma mais rápida e eficiente quando existem situações de emergência, prevenindo ou contendo eventuais contaminações, o que contribui de forma determinante para assegurar a qualidade da água e salvaguardar a saúde publica.

As entidades gestoras em Portugal têm já um rigoroso controlo de qualidade ao nível das melhores práticas europeias. Contudo, é fundamental tornar esse controlo cada vez mais eficaz e eficiente, o que depende da implementação de tecnologias que tornem as redes públicas de abastecimento mais «inteligentes»”, explica Pedro Perdigão, CEO do Grupo INDAQUA. “O trabalho que estamos a desenvolver com o «WaterQuality» é exemplo do reforço que a INDAQUA está a fazer, por um lado, na integração tecnológica e digitalização das operações e, por outro lado, no desenvolvimento de novas soluções que aumentem a resiliência do setor”, acrescenta.

O “WaterQuality” faz parte de um conjunto de projetos de Investigação & Desenvolvimento (I&D), em que a INDAQUA tem fortalecido a sua ação. Só no último ano, foram criados três novos projetos de I&D e alocada uma verba de mais 1,4 milhões de euros para o desenvolvimento destas áreas. Desde 2016, a INDAQUA totaliza 13 projetos e 4 milhões de euros de investimentos em Investigação & Desenvolvimento, comparticipados em parte pelo Sistema de Incentivos Fiscais à I&D Empresarial (SIFIDE) da responsabilidade da Agência Nacional de Inovação.

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line no backgroundOntem comemorou-se o Dia Internacional da Mulher e para assinalar esta data nada melhor do que seguir os conselhos de uma Girl Boss, Joana Sá, estrategista digital especialista em lançamentos de negócios online e produtora da Hotmart.

A empresária portuguesa tornou-se numa das maiores autoridades na sua área de negócio em Portugal, desenvolvendo a sua própria marca pessoal e a sua comunidade de milhares de mulheres empreendedoras, empresárias e aspirantes. E hoje é CEO na sua escola digital, o Girlbosses Hub – Escola da Liberdade Digital. A sua resiliência levou-a a ser o que é hoje: uma empresária de sucesso que ajuda outras pessoas, principalmente mulheres, a construírem um negócio online que dá liberdade digital, ou seja, um negócio de educação online.

Foi em 2019, que começou a empreender online e desde então já fez vários lançamentos dos seus produtos digitais – cursos online, mentorias e programas, gerando uma faturação de mais de 250 mil euros. Hoje em dia, é mentora e professora de mais de 1,1 mil alunas, em mais de 15 países, com uma comunidade de mais de 15 mil seguidores ativos diariamente no Instagram.

Se procura mais liberdade geográfica, financeira e de horários e se sempre sonhou ter o seu negócio digital, mas nunca soube quais os primeiros passos a dar, revelamos as 5 dicas principais para começar, segundo a Joana Sá:

  1. Defina o seu nicho e faça uma pesquisa de mercado para desenvolver o seu modelo de negócio. A forma mais simples e rentável de começar a empreender online é ensinar o que sabe aos outros. Que conhecimento ou habilidade poderia ensinar online?
  2. Publique um questionário com uma recompensa para incentivar a resposta. Desta forma vai conhecer melhor as pessoas interessadas no que tem para oferecer e ensinar.
  3. Crie o seu perfil de Instagram e faça com que o seu conteúdo esteja 100% alinhado com o que quer vender e com as respostas ao questionário.
  4. Trace metas a curto, médio e longo prazo para o crescimento da sua comunidade e para os seus lançamentos. Além das metas, estabeleça os passos e as ações necessárias para lá chegar.
  5. Defina qual o primeiro produto digital que quer lançar e marque a data do seu primeiro lançamento. No mundo digital pode apostar em diferentes produtos digitais. Podem ser cursos online, programas de coaching, mentoria, desafios de 30 dias, eventos online, ebooks e das mais variadas áreas (beleza; finanças; bem-estar; viagens; desenvolvimento pessoal, marketing, vendas, design, culinária etc). Escolha o que mais tem a ver consigo e avance.

Pode encontrar os produtos da Joana Sá através da plataforma Hotmart (aqui e aqui).

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Numa homenagem a todas as mulheres que, com determinação e delicadeza, tornam o mundo num lugar mais justo e seguro, Sushi At Home decidiu transformar, entre os dias 8 e 13 de março, os seus packs de uramakis tradicionais em uramakis solidários, numa edição limitada cor-de-rosa com arroz de beterraba que irão reverter em parte para a associação Corações com Coroa a apoiar mulheres em situações de vulnerabilidade, risco ou pobreza.

Muitos direitos e liberdades das mulheres, que hoje se tomam como garantidos, são resultado de luta, persistência e sacrifícios no passado, e ainda há muito por percorrer. Para celebrar todas essas conquistas e todas as mulheres que, de uma maneira ou de outra, continuam a lutar pela igualdade e liberdade, o Sushi At Home substitui o arroz tradicional por arroz de beterraba nos packs Uramaki Gamba Panada (8€), Uramaki Salmão, Morango e Philadelphia (7€) e Fouramaki (7€)apresentando assim os uramakis solidários com o tom rosado associado ao universo feminino.  

E porque para fazer a diferença não basta colorir o sushi, o Sushi At Home vai doar 2€ por cada pack uramaki solidário vendido entre os dias 8 e 13 de março à associação Corações com Coroa que, apoiando maioritariamente mulheres em situações de risco ou vulnerabilidade, é pautada por uma cultura de solidariedade, igualdade e inclusão socio afetiva.

Idealizado para mimar todas as sushi lovers, os packs edição limitada Dia da Mulher estarão disponíveis de 8 de março até ao dia 13 de março, para entrega ou levantamento em loja, entre as 12h00 e as 16h00 e as 19h00 e as 23h00.

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Todos os anos, cerca de 1/3 dos alimentos disponíveis são desperdiçados. Para combater esta realidade, com impactos significativos a nível social, económico e ambiental, a Paladin, marca portuguesa de molhos e temperos da Mendes Gonçalves, associou-se à Too Good to Go, disponibilizando produtos em fim de vida, mas em excelentes condições de consumo, a 1/3 do preço original.

A Paladin passa, assim, a figurar no maior marketplace B2C de combate ao desperdício alimentar com Magic Boxes, caixas que reúnem alguns dos mais populares produtos da marca, com preços entre os 1,99€ e os 3,99€. A oferta dá aos consumidores a garantia de qualidade reconhecida dos produtos Paladin, ao mesmo tempo que contém um elemento surpresa: os produtos que compõem cada magix box só são conhecidos no momento da entrega, dado que dependem do tipo e da quantidade de excedente disponível, a cada momento.

Com esta iniciativa, “a Paladin reforça o seu contributo para a resolução de um problema à escala global, ao mesmo tempo que proporciona aos seus consumidores fiéis a possibilidade de usufrurirem dos seus produtos de eleição em perfeitas condições, com a máxima conveniência e por um preço simbólico”, explica Joana Oliveira, Brand Manager da Paladin. Com efeito, desde que a Paladin deu entrada na plataforma, em novembro de 2021, já foram salvas 100 Magic Boxes.

Para adquirir uma das Magic Boxes Paladin, os interessados têm apenas de aceder à aplicação Too Good to Go (disponível na App Store e no Google Pay), selecionar a opção pretendida e recolher a Magic Box no ponto de venda selecionado.

Recorde-se que a Paladin disponibiliza uma vasta seleção de produtos, de vinagre a maionese, ketchup, mostarda, entre outros molhos e produtos de restauração. À venda em supermercados, hipermercados e na loja online PALADIN.

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A Amorim Cork Flooring, Unidade de Pavimentos e Revestimentos da Corticeira Amorim, acaba de lançar a campanha «Walk on Amazing». Recorrendo quer a imagens de satélite, quer a imagens captadas pelo Perseverance Mars Rover, a empresa replicou minuciosamente em cortiça numa escala de 1 para 1 uma área de cerca de 600 metros quadrados da superfície de Marte, tendo convidado o ex-astronauta Scott Kelly para caminhar pela primeira vez no planeta vermelho. Presente em web, pontos de venda e ações de ativação de marca, a campanha «Walk on Amazing» pretende demonstrar os benefícios associados aos pavimentos de cortiça, um material também naturalmente evoluído.

Partindo da criatividade da Stream and Tough Guy, agência de publicidade sediada em Lisboa, a campanha «Walk on Amazing» perfila a certeza de que caminhar sobre um pavimento de cortiça é caminhar sobre um infindável conjunto de atributos ímpares. Os pavimentos em cortiça propiciam conforto térmico, isolamento acústico e melhor qualidade do ar, oferecem redução do ruído, bem-estar ao andar e resistência ao impacto, e são quer hipoalergénicos, quer inodoros. Leveza e elasticidade elegem-se como outras das prerrogativas do «flooring» produzido em cortiça.

Além do mais, sublinha Gonçalo Marques, diretor de Marketing e Vendas da Amorim Cork Flooring, «e tendo em atenção que trabalhamos uma matéria-prima 100% natural, reciclável e renovável, os pavimentos em cortiça são produtos sustentáveis, ecológicos, verdes.De resto, a sustentabilidade desempenha invariavelmente um papel fundamental na procura de novas soluções, sendo o fio condutor que delineou muitas das estratégias da empresa ao nível de lançamento de pavimentos. Somando-lhe a inovação, o design e a marca, facilmente caminhamos no fantástico», conclui Gonçalo Marques.

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O Dia Internacional da Mulher celebra as conquistas das mulheres provenientes dos mais diversos contextos étnicos, culturais, socioeconómicos e políticos. É um dia em que todos devemos refletir acerca do progresso a nível de direitos humanos, e honrar a coragem e determinação das mulheres que ajudaram e continuam a ajudar a redefinir a história, local e globalmente.

Apesar de todos os avanços relativos aos direitos das mulheres, nenhum país atingiu a igualdade plena entre homens e mulheres.

O Green Purpose pretende assinalar esta data e desafiou algumas mulheres com cargos de liderança a responder a 5 perguntas sobre a desigualdade de género no meio laboral. São testemunhos que revelam a realidade que ainda se vive e refletem que, no que diz respeito a Portugal, na prática, ainda estamos longe de alcançar a igualdade.

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Cláudia Mendes Silva,
Women in Tech Ambassador – Portugal Chapter | Mentor | Speaker | Agile enthusiast | Project Manager Siemens

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Já sentiu algum tipo diferença no tratamento dos outros para consigo no ambiente de trabalho por ser mulheres?

O ranking do Instituto Europeu para a Igualdade de Género (EIGE), criado para reforçar e promover a igualdade de género na União Europeia, coloca Portugal na décima sexta posição entre os estados-membros, uma subida de quatro lugares na classificação desde 2010. Um dos temas sempre atual e nestes relatórios, é a diferença salarial entre géneros presente nos cargos operacionais e mais acentuada em cargos de liderança. Subsistem portanto, alguns enviesamentos de género uns mais inconscientes que outros, que permitem que estas disparidades aconteçam. E em 2016 apercebi-me que auferia menos 30% que um colega com os mesmos anos de experiência e com responsabilidades equiparadas. Estas disparidades surgem aquando do momento da contratação que, em empresas menos conscientes com as políticas sociais e de igualdade, não promovam uma política de remuneração equitativa.

 

Acha que é mais fácil liderar uma equipa sendo homem ou mulher?

A liderança não se pauta pelo género, o que está comprovado é que são criadas menos oportunidades de liderança para as mulheres, sobretudo em áreas tradicionalmente masculinas, como as áreas mais técnicas ou na política. E é este estereótipo que pretendemos desconstruir: não existem profissões masculinas ou femininas.

 

Sente que teve de se esforçar mais para atingir o cargo que ocupa por ser mulher?

Sim, claramente. A sociedade em que estamos inseridos ainda é uma sociedade patriarcal, em que o cuidado familiar é ainda atribuído ao papel da mulher e a maternidade é muitas vezes vista como um custo para a empresa. Por este motivo, o esforço da conciliação familiar e profissional é limitada na ascensão na carreira em tempo e remuneração

 

Algum conselho que gostaria de deixar para as jovens mulheres que entram no mercado de trabalho?

Consultem a responsabilidade social da empresa para onde estão a concorrer, deveremos estar num local de trabalho que está efectivamente comprometido com a equidade e a promoção da igualdade de género.

 

Em que pontos considera que Portugal ainda tem de evoluir para que sejamos um país com uma sociedade com total igualdade de género no mundo laboral?

Quando deixarmos de usar as quotas para forçar a mudança, seja na representatividade das mulheres em cargos de liderança nas empresas cotadas quer na contratação de pessoas com deficiência comprovada acima dos 60% (onde se incluem muitas mulheres), estaremos efetivamente no bom caminho.

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O Dia Internacional da Mulher celebra as conquistas das mulheres provenientes dos mais diversos contextos étnicos, culturais, socioeconómicos e políticos. É um dia em que todos devemos refletir acerca do progresso a nível de direitos humanos, e honrar a coragem e determinação das mulheres que ajudaram e continuam a ajudar a redefinir a história, local e globalmente.

Apesar de todos os avanços relativos aos direitos das mulheres, nenhum país atingiu a igualdade plena entre homens e mulheres.

O Green Purpose pretende assinalar esta data e desafiou algumas mulheres com cargos de liderança a responder a 5 perguntas sobre a desigualdade de género no meio laboral. São testemunhos que revelam a realidade que ainda se vive e refletem que, no que diz respeito a Portugal, na prática, ainda estamos longe de alcançar a igualdade.

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Elisabete Ferreira,
Executive Board Member & Digital Transformation at Decskill | Founder at New Normal

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Já sentiu algum tipo diferença no tratamento dos outros para consigo no ambiente de trabalho por ser mulher?

Num contexto tecnológico e criativo onde a liderança é maioritariamente masculina, o tema da desigualdade salarial surge na remuneração entre pares.
A entrega era a mesma e a disponibilidade para agarrar oportunidades também, o espaço para crescer existiu e a desigualdade também tanto em empresas nacionais como multinacionais.

Em 2003 fui mãe e apesar de ter cumprido objetivos não recebi o prémio de desempenho porque excedi o limite de dias de ausência por ano. Ou seja, o número de dias da licença de maternidade era contabilizado de igual forma como uma baixa médica ou faltas. Sendo mulher, confesso que considerei o critério injusto.

 

Acha que é mais fácil liderar uma equipa sendo homem ou mulher?

Os desafios de liderança são os mesmos, os estilos é que diferem entre os géneros. A mulher tende naturalmente para uma liderança mais próxima, participativa, estimulante e empática. Um estilo de liderança que trás bons resultados, mas que exige um maior esforço emocional e auto-controle.

 

Sente que teve de se esforçar mais para atingir o cargo que ocupa por ser mulher?

Ao longo da minha vida profissional, todas as oportunidades e desafios que abracei foram possíveis com esforços na vida pessoal. Num contexto familiar em que o papel da mulher foi sempre construído com o ideal de dever maternal, os primeiros esforços foram em combater conceitos sociais e culturais no seio familiar e lutar contra sentimentos de culpa.

 

Algum conselho que gostaria de deixar para as jovens mulheres que entram no mercado de trabalho?

A sociedade cria uma percepção de liderança com características maioritariamente masculinas. A força, a ambição, a autoridade, a coragem, etc. Precisamos mudar este paradigma, porque na realidade os atributos que são valorizados numa boa liderança são maioritariamente e naturalmente femininos: a sensibilidade, a intuição, a capacidade de trabalhar em equipa e tomar decisões rápidas em contextos adversos. Não tenham receio de assumir responsabilidades e papeis de liderança, temos atributos nativos.

 

Em que pontos considera que Portugal ainda tem de evoluir para que sejamos um país com uma sociedade com total igualdade de género no mundo laboral?

Social e culturalmente ainda temos um caminho a percorrer. Não adianta existirem políticas de cotas e igualdade de oportunidades, quando as mulheres crescem com o dever da casa, da maternidade e de cuidar da família. Há um trabalho a fazer em casa, para que os nossos filhos cresçam sem preconceitos e possam olhar para o futuro sem modelos de profissões ou limites de ambição.

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O Dia Internacional da Mulher celebra as conquistas das mulheres provenientes dos mais diversos contextos étnicos, culturais, socioeconómicos e políticos. É um dia em que todos devemos refletir acerca do progresso a nível de direitos humanos, e honrar a coragem e determinação das mulheres que ajudaram e continuam a ajudar a redefinir a história, local e globalmente.

Apesar de todos os avanços relativos aos direitos das mulheres, nenhum país atingiu a igualdade plena entre homens e mulheres.

O Green Purpose pretende assinalar esta data e desafiou algumas mulheres com cargos de liderança a responder a 5 perguntas sobre a desigualdade de género no meio laboral. São testemunhos que revelam a realidade que ainda se vive e refletem que, no que diz respeito a Portugal, na prática, ainda estamos longe de alcançar a igualdade.

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Vanda Rosário,
General Manager na IPSIS

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Já sentiu algum tipo diferença no tratamento dos outros para consigo no ambiente de trabalho por ser mulher?

Naquilo que diz respeito à relação entre pares e até mesmo chefias diretas e Direção Geral e/ou Administração nunca senti essa diferença. Sinto que me foram sempre dadas as mesmas oportunidades de crescimento junto das equipas fossem elas constituídas por homens e/ou mulheres. Foi sempre valorizado o trabalho por competência e resultados apresentados, independentemente do género. Em alguns momentos na relação com clientes senti muito pontualmente que quando a equipa era constituída por um homem e uma mulher, no momento da solicitação de pareceres em alguns momentos a primeira opinião ouvida era a do elemento homem. Mas pela minha forma de ser e de me corelacionar com os clientes, rapidamente essa diferença deixava de existir porque à medida que conheciam o meu trabalho tinham em consideração os resultados que apresentava e rapidamente qualquer diferença que pudesse ter existido no inicio da relação, desaparecia.

 

Acha que é mais fácil liderar uma equipa sendo homem ou mulher?

Hoje o grande desafio de um líder não é se é homem ou mulher, é de facto chamar a si as pessoas. Considero que para um líder, seja homem ou mulher, o relevante é liderar pelo exemplo e quando a entrega é feita, as equipas sentem que o líder está lá para o bem e para o mal, que tem know how e experiência, quase que me atrevia a dizer que não “há género na liderança”. Já coordeno equipas há mais de 10 anos e nunca senti que houvesse menor entrega, respeito ou estima, tal como também não senti maior condescendência pelo facto de ser uma mulher.

 

Sente que teve de se esforçar mais para atingir o cargo que ocupa por ser mulher?

Sinto que o lugar que ocupo hoje foi alcançado com muito esforço, resiliência e uma enorme vontade da minha parte de crescer nas empresas para as quais trabalhei. Os obstáculos porque passei nunca tiveram a ver com o facto de ser mulher, mas com os naturais desafios da profissão,  da área de atuação e com a minha natural forma de encarar os desafios e superá-los.

 

Algum conselho que gostaria de deixar para as jovens mulheres que entram no mercado de trabalho?

O meu maior conselho para os profissionais que entram no mercado de trabalho, sejam eles mulheres ou homens, é gostarem do trabalho que desempenham e darem tempo a si mesmos para crescer profissionalmente, de forma sustentada e sábia. Saber passar pelos vários momentos de crescimento e aprender em cada um deles. Para atingir metas, precisamos de tempo para gerir os obstáculos, aprender com eles e com isso tornarmo-nos profissionais mais completos. Se alguma mulher tiver a infelicidade de sentir algum tipo de discriminação pelo facto de ser mulher, o maior conselho é tornar a sua inteligência, resiliência e profissionalismo acima de qualquer preconceito, venha ele de homens ou até de mulheres.

 

Em que pontos considera que Portugal ainda tem de evoluir para que sejamos um país com uma sociedade com total igualdade de género no mundo laboral?

As mulheres têm e devem acreditar mais em si e devemos ser nós o principal motor da evolução e mudança. Quando fui mãe houve uma pessoa que me disse “vais ver… agora terás 8 braços”.  E a questão está toda aqui se a mulher souber usar estes 8 braços em prol do seu crescimento profissional e até pessoal, venham as barreiras que vierem que não haverá diferença de qualquer nível.

Portugal tem vindo a fazer um caminho longo, mas tenho assistido a um crescimento da voz das mulheres em várias matérias onde não eram ouvidas. As mulheres portugueses devem dar voz e corpo às suas intenções e desta forma contribuir para eliminar eventuais diferenças que possam existir entre homens e mulheres. A solução está em nós, na forma como nos vemos e fazemos os outros olharem para nós. Nesse dia não há nada que possa travar a nossa evolução no mundo laboral. Afinal de contas, quem tem 8 braços?

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O Dia Internacional da Mulher celebra as conquistas das mulheres provenientes dos mais diversos contextos étnicos, culturais, socioeconómicos e políticos. É um dia em que todos devemos refletir acerca do progresso a nível de direitos humanos, e honrar a coragem e determinação das mulheres que ajudaram e continuam a ajudar a redefinir a história, local e globalmente.

Apesar de todos os avanços relativos aos direitos das mulheres, nenhum país atingiu a igualdade plena entre homens e mulheres.

O Green Purpose pretende assinalar esta data e desafiou algumas mulheres com cargos de liderança a responder a 5 perguntas sobre a desigualdade de género no meio laboral. São testemunhos que revelam a realidade que ainda se vive e refletem que, no que diz respeito a Portugal, na prática, ainda estamos longe de alcançar a igualdade.

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Isabel Domingues,
Gestora de Sustentabilidade na Riopele

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Já sentiu algum tipo diferença no tratamento dos outros para consigo no ambiente de trabalho por ser mulher? 

Ao longo dos meus 25 anos de trabalho na Indústria, tive a oportunidade de aceitar e participar em vários desafios que me permitiram crescer profissionalmente. Ao longo destas várias experiências, algumas em áreas tradicionalmente dominadas por homens, sempre me senti respeitada, e nunca senti, a nível profissional, qualquer tipo de barreira ou de tratamento diferenciado por ser mulher.

 

Acha que é mais fácil liderar uma equipa sendo homem ou mulher? 

Na minha opinião, a liderança de uma equipa depende de um conjunto de características intrínsecas de um indivíduo e não propriamente do género. Liderar não é apenas gerir. Liderar implica mobilizar a equipa para alcançar os resultados. É um processo que implica motivação, persuasão e inspiração. Um dos grandes desafios é liderar pelo exemplo. Há também outros fatores que influenciam a liderança, como a cultura onde estamos integrados, a educação e a formação da equipa. Considero, por isso, que, em última instância, não é o género que irá determinar uma maior facilidade nos processos de liderança, mas sim o tipo de pessoa que somos para a equipa enquanto líderes.

 

Sente que teve de se esforçar mais para atingir o cargo que ocupa por ser mulher? 

Sinto que houve sempre um esforço maior para conciliar a minha vida profissional com a familiar. Se por um lado, procurei sempre fazer mais e melhor pela organização, desenvolvendo as minhas competências técnicas e comportamentais e desafiando as minhas equipas; por outro, procurei, igualmente, nunca falhar com os meus. Enquanto mulher isto implica uma grande organização e planeamento das nossas vidas, significando muitas vezes não termos tempo para nós, para não falharmos com nenhuma das partes.

 

Algum conselho que gostaria de deixar para as jovens mulheres que entram no mercado de trabalho? 

Quando entramos no mercado de trabalho há duas características pessoais que considero muito importantes: a humildade e o respeito. Sermos humildes para aprendermos uns com os outros e respeitarmos, se queremos ser respeitados. Estes dois fatores são muito importantes para sermos bem acolhidos, independentemente do género. Enquanto jovens mulheres, procurem ser independentes, aprendam a valorizar-se e desafiem-se.

 

Em que pontos considera que Portugal ainda tem de evoluir para que sejamos um país com uma sociedade com total igualdade de género no mundo laboral? 

Para evoluirmos em Portugal para uma sociedade com igualdade de género é preciso uma mudança cultural, de valores e de comportamentos. A igualdade de género não pode ser apenas promovida no plano legislativo e em contexto profissional, são também necessárias alterações mais profundas no plano educacional e familiar. As empresas e organizações devem fazer a sua parte, mas nós, enquanto indivíduos e atores sociais, também temos um papel fundamental a desempenhar. 

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O Dia Internacional da Mulher celebra as conquistas das mulheres provenientes dos mais diversos contextos étnicos, culturais, socioeconómicos e políticos. É um dia em que todos devemos refletir acerca do progresso a nível de direitos humanos, e honrar a coragem e determinação das mulheres que ajudaram e continuam a ajudar a redefinir a história, local e globalmente.

Apesar de todos os avanços relativos aos direitos das mulheres, nenhum país atingiu a igualdade plena entre homens e mulheres.

O Green Purpose pretende assinalar esta data e desafiou algumas mulheres com cargos de liderança a responder a 5 perguntas sobre a desigualdade de género no meio laboral. São testemunhos que revelam a realidade que ainda se vive e refletem que, no que diz respeito a Portugal, na prática, ainda estamos longe de alcançar a igualdade.

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Marta Leite de Castro,
CEO & Fundadora do Projeto N360 | Business Stories | Apresentadora RTP Programa Network Negócios| Eventos Corporativos

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Já sentiu algum tipo diferença no tratamento dos outros para consigo no ambiente de  trabalho por ser mulher? 

A minha área sendo uma área muito diferente, a da televisão talvez não tenha sentido tanto essa diferença acentuada. Até porque quando comecei na televisão há 21 anos começava uma grande tendência de ter novos rostos e também mulheres a apresentar, tanto que um ano depois comecei apresentar um programa de cinema e um ano depois fui fazer de repórter nacional e internacional de um programa diária.

Agora de facto senti logo essa diferença em casa quando a minha mãe me contava que não seguiu Direito porque o meu avó quis antes que se candidatasse ao magistério primário, que era visto como “mais adequado na altura para mulheres” e isso marcou-me, tanto que fui para Direito, tinha alguma ligação ao que pretendia e por achar que estaria a satisfazer um desejo por realizar da minha mãe.

 

Acha que é mais fácil liderar uma equipa sendo homem ou mulher? 

Acho que são dadas menos oportunidades as mulheres de liderar, ou de ter o cargo de líder, e embora ao longo destes anos só ter tido diretores homem, tenho de destacar quem liderava depois no terreno eram praticamente equipas femininas. Facto curioso, mas que foi quase sempre assim durante uns quinze anos até ter a minha própria empresa, reportava a mulheres que faziam a Produção executiva.

 

Sente que teve de se esforçar mais para atingir o cargo que ocupa por ser mulher?

No meu caso não diretamente. Mas sempre fui muito sensível a esta questão, acompanho e por isso até criei um formato de Business Woman para dar empowerment a outras mulheres que através dos seus exemplos pudessem inspirar outras a lutar pelos caminhos profissionais.

 

Algum conselho que gostaria de deixar para as jovens mulheres que entram no mercado  de trabalho? 

O meu conselho é que nunca se limitem, arrisquem, escolham o curso ou o trabalho que mais ambicionem. E que se lembrem que muito do que possamos conseguir na nossa carreira vem de dentro, a força tem de estar sempre presente.

 

Em que pontos considera que Portugal ainda tem de evoluir para que sejamos um país  com uma sociedade com total igualdade de género no mundo laboral?

São vários os pontos: a diferença salarial e a há mais cargos de direção de homens.

Outro ponto: é a escolha das carreiras. Mais homens nas engenharias. Mais mulheres na educação e saúde. Na política também acontece,mais homens e menos mulheres. Mesmo com regras de paridade, na prática ainda não é assim.

Outro ainda pertinente: Falta de equilíbrio na execução das tarefas domésticas e de cuidado faz com que isso se reflita na progressão na carreira.

Há aqui claro um grande caminho a fazer dentro da progressão das carreiras femininas.

No entanto, deixo uma nota aspiracional, para quem queira empreender, saiu num estudo em 2018 (dados de acordo com o Mastercard Index para o Empreendedorismo Feminino) que Portugal surge como 6o país do mundo com melhores oportunidades e condições de apoio para as mulheres prosperarem enquanto empreendedoras.

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