Em Portugal, a maior parte das casas não está preparada para temperaturas demasiado altas ou baixas, gerando um elevado consumo de energia, devido ao uso de aquecedores, ares condicionados ou ventoinhas. Numa altura em que a sustentabilidade é um dos temas em destaque e em que os preços da energia atingem máximos históricos diariamente, importa saber o nível de eficiência energética de uma casa e como a melhorar para poupar o ambiente e a carteira.
Neste sentido, existem os certificados energéticos, que classificam o desempenho energético de uma casa ou edifício, numa escala de F (muito pouco eficiente) a A+ (muito eficiente), e apresentam medidas que podem reduzir o consumo de energia e melhorar o conforto térmico. Além disso, estes permitem ainda aceder a financiamento com melhores taxas, usufruir de benefícios fiscais em sede de IMI ou IMT, ou reduzir taxas para a reabilitação de imóveis.
Assim, os especialistas da Casavo, plataforma digital para o mercado residencial, partilham cinco dicas para obter o certificado energético:
Contactar um perito qualificado: apenas arquitetos ou engenheiros, com experiência mínima de 5 anos e reconhecidos pela Agência para a Energia (ADENE), entidade gestora do Sistema de Certificação Energética dos Edifícios, estão habilitados para avaliar e determinar a eficiência da casa e posteriormente emitir o documento, pelo que é importante assegurar que se consulta o perito adequado.
Pedir o orçamento: o valor do registo e emissão do certificado energético varia consoante a dimensão da habitação e da utilização dos espaços (habitação ou comércio e serviços), sendo que a este valor se juntam os honorários dos peritos. Enquanto se mantiverem válidos, no período de dez anos para habitação, os certificados energéticos podem ser atualizados sem que seja necessário realizar um novo pagamento, sendo que o perito poderá cobrar honorários.
Agendar a visita do perito: depois de decidir qual o perito indicado, este terá de se deslocar à casa para a analisar e avaliar. Nesta visita, irá procurar recolher o máximo de informação possível para aferir a eficiência energética da casa e realizar o certificado.
Reunir a informação necessária: antes da visita, deve-se reunir toda a documentação referente ao imóvel, nomeadamente, uma cópia da planta do imóvel, a caderneta predial urbana, a certidão de registo na conservatória e a ficha técnica, que deve incluir especificações técnicas dos materiais e sistemas da casa.
Consultar a primeira versão do relatório: é importante pedir para verificar a versão prévia do relatório e conferir os dados que constam no documento. Antes da emissão oficial, o perito pode enviar uma cópia, sem validade legal, para que o proprietário possa confirmar se está tudo de acordo com a visita.