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Infinitebook

Já todos pensámos no quão bom seria podermos apagar os nossos erros. É exatamente isso que nos possibilita o Infinitebook. Permite-nos escrever, apagar e reutilizar o mesmo caderno infinitamente.

Falámos com Pedro Lopes que, com apenas 17 anos, decidiu criar o Infinitebook de modo a solucionar a sua insatisfação perante os métodos de escrita tradicionais.

Infinitebook: em que consiste e como surgiu?

O Infinitebook é uma ferramenta que recria a experiência de escrita de um quadro-branco (permite escrever, apagar e reutilizar). Mais do que um simples caderno, o Infinitebook é um produto ecológico, económico e inovador que permite a reutilização infinita de todas as folhas sem as danificar.

Queríamos salvaguardar a escrita manual e criar uma página na história. Com 17 anos, olhei para os métodos de escrita tradicionais e nenhum me satisfazia.

O lápis? Não desliza bem na folha e quando se apaga deixa a folha estragada ou marcada. A caneta? Impossível de apagar, tornando as ideias demasiado definitivas. O quadro-branco? Está preso na parede e mesmo quando não está é tudo menos portátil.

Ao olhar para estes fatores, percebi ter de criar algo que aliasse o melhor de todos os mundos. Uma experiência de escrita fluída, liberdade para errar e portabilidade para poder ter ideias em qualquer lado. Assim nasceu o Infinitebook.

De que forma o compromisso com a sustentabilidade está presente no vosso negócio?

O nosso compromisso é com a autoconsciência e com o bom senso. A partir do momento que percebemos o impacto que as nossas escolhas e ações no dia a dia têm, percebemos que não há outra forma de fazer as coisas. Desde o cuidado com a produção em que todas as matérias-primas que utilizamos têm certificação ecológica e os desperdícios são utilizados para acondicionar encomendas, até aos pequenos gestos no escritório de acabar com o papel, copos de utilização única ou outras soluções que vejamos que fazem sentido. O mais importante é incutir em todas as pessoas que colaboram connosco e aos nossos clientes o pensamento de escala e impacto positivo que é possível ter com pequenas alterações no quotidiano.

 

Inicialmente o produto chamava-se EcoBook e só mais tarde ganhou o nome pelo qual hoje o conhecemos, Infinitebook. De onde veio esta necessidade de alterar o nome?

Foram vários fatores que ditaram essa mudança. A nível mais técnico, de relevância na ‘internet,’ era complicado competir no mercado de estacionário porque qualquer livro/caderno ecológico é um ecobook. Depois deparámo-nos com o fator posicionamento: quem via um Ecobook numa loja não tinha curiosidade em perceber do que se tratava, assumia quase sempre estar perante um caderno feito de papel reciclado. Com o nome Infinitebook assumimos e expomos a principal valência do produto, ser infinito, o sustentável é por si uma consequência dessa valência.

 

Numa altura onde tudo parece digital e os cadernos tradicionais em parte esquecidos, o Infinitebook tem demonstrado boa aceitação por parte do mercado. Porque motivo consideram que tal se verifica?

Exatamente porque tudo parece ser digital. Não temos baterias nem um ecrã que cansa os olhos, nem notificações sempre a aparecer. Além de todos os estudos que indicam que quando escrevemos à mão retemos mais informação, geramos mais ideias e estamos mais focados, a liberdade mental que conseguimos dar aos utilizadores Infinitebook é inigualável: não julgamos o erro, oferecemos uma ferramenta que permite descarregar toda a informação do cérebro sem medo errar, de ficar feio, de estragar ou desperdiçar.

Contanto já com diferentes modelos de cadernos e acessórios, falem-nos um pouco sobre os vossos produtos. Têm algum best-seller?

Os cadernos Infinitebook contam muito pelo seu interior, por isso, no início acabámos por pôr de parte o visual exterior e focámo-nos em aprimorar a experiência interna. Com o passar do tempo e com um focar mais intensivo na nossa família do infinito (os nossos clientes) percebemos que um caderno tem diferentes significados para diferentes pessoas: para muitos existia a vontade de derramar ideias e informações, para outros a necessidade de organização em listas de tarefas ou em módulos de agenda… o pontilhado, por exemplo, tem sido muito procurado. Continuámos sempre a ver o interior do Infinitebook e, nessa altura, fomos capazes de inovar e de nos diferenciar no mundo do estacionário.

Enquanto esse crescimento acontecia, e também por se tratar de um caderno infinito capaz de durar uma vida, como qualquer ferramenta que testa os limites do tempo, começámos a querer torná-lo mais “nosso”. No início com o uso de autocolantes, pequenas personalizações aqui e ali e depois o grande salto para os cadernos de edições especiais onde escolhemos as diferentes personalidades que atribuímos à marca e as colocámos em designs exteriores e interiores do caderno. Daqui nasceu o primeiro Infinitebook Makers, o nosso best-seller que já tem 4 anos, e agora têm vindo a nascer os “melhores amigos” do Makers: o Planner – o nosso take numa agenda infinita que também tem sido um herói de vendas e o Iconic Makers – a versão lançada no Dia das Mulheres.

Para além disso, e devido a uma mudança no mindset da Infinitebook, quisemos, e queremos, abrir as portas a todas as ferramentas relevantes que englobem os nossos valores e assim nasceram os Sticky Notes – um cartão/nota adesiva reutilizável que cola em qualquer lado e tem tido bastante procura.

Qual o perfil dos vossos clientes? Como o caracterizam?

Os nossos clientes são incríveis!

Mas numa perspetiva mais de marketeer: são pessoas práticas, dinâmicas, que adoram experimentar coisas novas e únicas. A preocupação com a sustentabilidade está-lhes no sangue e são muito conscientes nas escolhas que fazem. Acreditam que errar é ok e querem viver uma vida produtiva, organizada e criativa.

Onde podemos encontrar o Infinitebook à venda?

Os produtos Infinitebook estão à venda na nossa loja online, nas lojas FNAC, Auchan, Amazon e algumas papelarias espalhadas pela Europa.

 

Falando sobre o futuro, pretendem desenvolver novos produtos ou expandir para outras áreas?

O futuro da Infinitebook é criado, apagado e reescrito diariamente. Apenas podemos garantir uma coisa: que todos os produtos que imaginamos criar serão ferramentas que ajudem a potenciar a criatividade, aprendizagem, inovação, produtividade das pessoas sem nunca pôr em causa a vontade de lutar por um mundo mais sustentável e, em suma, um mundo melhor.

Pedro Lopes,
CEO e fundador da Infinitebook
O Pedro é o fundador da Infinitebook. Nascido em Viseu, mas atualmente no Porto. Aos 24 anos, é um eterno estudante, tendo no seu percurso 2 atribulados anos de Engenharia Eletrotécnica e de Computadores na FEUP e dois anos de Gestão na FEP. Aos 17 anos percebeu que precisava de uma ferramenta que o ajudasse a estudar da mesma maneira que o quadro branco que tinha no quarto – escrita fluida e um apagar rápido e eficaz. Por isso criou a Infinitebook – uma startup que promete reinventar a forma de criar, aprender, comunicar e evoluir. Com a Infinitebook chegou a grandes distribuidores como a FNAC, Auchan, Amazon e empresas como UBER, Microsoft e Farfetch. Em cinco anos vendeu Infinitebooks para meio Mundo e espera chegar à outra metade, em breve.
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